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Mostrando postagens de 2023

Desculpe Aristóteles

A humanidade não seria a mesma, caso pessoas excepcionais, com inteligência acima da média, que dedicaram toda suas vidas na busca do conhecimento, o aprimoramento ético e moral, desvendaram segredos da ciência, pavimentaram a estrada para o desenvolvimento, para o engrandecimento da nossa espécie, o homo sapiens. O filosofo grego Aristóteles foi uma dessas pessoas. Foi ele quem criou o conceito da lógica indutiva, o qual chamamos de silogismo, uma fórmula simples de se resolver uma questão. Primeiro colocamos uma premissa chamada de maior, em seguida outra premissa chamada de menor, com isso, podemos obter uma conclusão. Ex.: todo homem nasce com um órgão sexual masculino, ou seja, um pênis. (Premissa maior). Tício nasceu com órgão sexual masculino. (Premissa menor). Logo, Tício é um homem. (Conclusão). Por centenas e centenas de anos, este raciocínio lógico, chamado de indutivo, foi utilizado para resolver questões complexas ou mesmo simples. De repente, o caos sobre a lógica foi se

A história se repete.

Quando iniciamos o estudo de história, na primeira aula nos ensinam a importância de conhecer nosso passado. A história é cíclica, dizem os professores. Conhecer a história nos leva a refletir, não cometer os mesmos erros, evoluímos, tornamo-nos mais éticos, contribuímos para a evolução da humanidade. O conceito de olhar para o passado não se aplica apenas a nossa participação na sociedade. Aplica-se a vida pessoal. Olhar para o nosso passado, reconhecer os erros que cometemos, torna o caminho a frente mais leve, já que reconhecendo os erros, evitamos repeti-los . Uma enxurrada de vídeos que hoje circulam nas redes sociais, nos mostra a repetição de eventos ocorridos em 1938, na Alemanha. Residências e lojas de judeus com pichações nas paredes da estrela de Davi, símbolo da bandeira de Israel. Em manifestações de rua, nas maiores e mais renomadas universidades do mundo, estudantes defendem a barbárie praticada pelos terroristas do Hamas A esquerda mundial com o total apoio de um

A varinha mágica

Tenho a impressão de que, nos últimos tempos, nosso país tornou-se um celeiro de magos e bruxos, todos portando uma varinha mágica. Magos e bruxos, na literatura de fantasia, são pessoas dotadas de grandes poderes e que, de posse de uma varinha mágica, são capazes de tudo, até mesmo transformar um sapo num ser humano, por exemplo. Para os que desejam aprofundar seus conhecimentos sobre magia e bruxaria, sugiro a festejada série Harry Potter, de autoria de Joanne Kathleen Rowling, conhecida pelo pseudônimo de J. K. Rowling, e que já vendeu mais de 500 milhões de exemplares. Harry Potter é um garoto de 11 anos com poderes sobrenaturais que vive no mundo normal, junto com aqueles desprovidos de qualquer poder, qualificados no romance como “trouxas”, embora seu verdadeiro mundo seja o da magia. Harry é um bruxo do bem, pautando suas condutas pela bondade e amizade, enquanto seu inimigo, Voldemort, é um bruxo do mal. Diferentemente da fantasia — onde os bruxos e magos buscam de todas as f

O hacker de Taubaté

Ganhou destaque na Internet na última semana, o depoimento na CPMI sobre os fatos de 8 de dezembro, o depoimento do cidadão, Walter Delgatti, apresentado como “o hacker que invadiu a rede social Telegram, o sistema do TSE, o sistema do CNJ”. Delgati seria o peão que faltava no xadrez político para um xeque-mate na direita, com graves acusações ao Presidente Bolsonaro. O suposto “hacker” seria um gênio da computação, e teria sido cooptado pela deputada Carla Zambelli para alterar o código-fonte das urnas eletrônicas. Considerado como a principal peça no jogo, como disse acima, para o xeque-mate em Bolsonaro, a esquerda ovulava à espera do depoimento bombástico. No clima de já ganhamos antes de uma partida final de futebol, com champanhe comprada, pronta para ser aberta, e caixas e mais caixas de morteiros juninos, a vitória deu xabu, como se diz no popular. Deu água. A derrota foi vergonhosa. Walter Delgati teve sua longa ficha criminal exposta. Como em uma comédia de quin

Prisão em flagrante

Ao longo dos anos, policiais desenvolvem uma característica única, uma espécie de premonição, seguindo os preceitos da natureza de sobrevivência. Observando alguém ou uma situação, o inconsciente avisa: há algo errado. Foi desta forma que ao avistar um veículo, olhar para o motorista, a dupla de policiais decidiu fazer a abordagem. O nervosismo do motorista era visível. Logo após os procedimentos de praxe, exame de documentos, o policial solicitou que a mala do veículo fosse aberta. Quando o motorista levantou a tampa, o policial como um cão farejador, sentiu o odor acre, e olhando para as três grandes mochilas, indagou o que havia lá dentro. - Perdi – disse o motorista. O policial sorriu, e examinando o conteúdo, constatou a existência de 45 quilos de cocaína, divididos pelas três mochilas. O motorista foi imediatamente algemado, colocado na viatura, e deu início a uma conversa. - Meu chefe, desculpe, não quero ser abusado, tem uma conversa? – Perguntou. “Ter uma conversa”, era a

Notícias falsas, boatos e desinformação.

No final da década de 70, um jornal popular do Rio de Janeiro passou a noticiar a existência de um justiceiro atuando na baixada fluminense, o qual identificava-se como “Mão Branca”. Naquela época, a desova de corpos em locais ermos era rotina. “Mão Branca" ligava para as delegacias, noticiava o jornal, e informava onde estariam os corpos, dizia que a matança continuaria. O trôpego jornal explodiu em vendas. Era comum aglomerações em frentes as bancas de jornais adquirindo exemplares."Mão Branca" tornou-se onipresente, e começou a aparecer em outros estaados, como em Campina Grande, na Paraíba e em Manaus. Nas conversas de botequins o principal assunto era “Mão Branca”. Quando o caixa do jornal já não cabia mais dinheiro, descobriu-se que era tudo mentira, com o único propósito de alavancar as vendas. “Mão Branca” nunca existiu. Foi uma criação do jornalista Carlos Lemos. O autor da descoberta foi outro jornalista, Caco Barcellos, o qual revelou a mentira em 1983, em u

Os homens maus venceram, pelo menos por enquanto.

Todos sabiam que a existência corrupção nos altos escalões do governo, era histórica, enraizada. Partidos políticos, integrantes do governo, empresários e funcionários em altos cargos, formavam as várias quadrilhas que se locupletavam do dinheiro dos pagadores de impostos, dos trabalhadores de sol a sol. Licitações fraudulentas, compras superfaturadas, desvios de verbas obras que não eram realizadas, porém pagas, propinas em valores inimagináveis, doações para partidos políticos através do desvio de recursos de estatais. Por anos e anos os esquemas de corrupção perduraram. Em certo momento o Ministério Público resolveu agir, o que aliás era seu dever. Uma investigação foi iniciada, com uma grande operação. Um dos primeiros a ser preso foi o presidente de um partido socialista. Logo, outros começaram a cair. As delações não demoraram a surgir. Tal e qual o dito popular, “farinha pouca, meu pirão primeiro”. Com o único intuito de salvar a pele, e tentar ficar com um pouco do butim, del

Guerra assimétrica

O Ministro Gilmar Mendes em entrevista a um programa na TV, afirmou: “atrapalhamos sim o governo Bolsonaro, mas foi por uma boa causa”, justificou ao final. Em um julgamento sobre censura, a Ministra Carmem Lúcia declarou em seu voto: “sou radicalmente contra a censura, porém, neste caso vou abrir uma exceção”, ignorando desta forma o que prescreve a Constituição Federal. “Já vivemos em um parlamentarismo”, afirmou em outra ocasião o Ministro Dias Toffoli, sem nenhum constrangimento, ignorando também que a Constituição Federal estabelece a forma de governo como presidencialista. “Perdeu mané”. Com esta frase o Ministro Barroso rebateu ao vivo um cidadão que o questionou, usando uma expressão típica de assaltantes do Rio de Janeiro, quando esfregam uma pistola no rosto de uma vítima. Antes, o mesmo ministro foi até o congresso convencer os parlamentares a não aprovarem o voto impresso, e na saída, cercado de jornalistas, relatou parte de sua conversa com um parlamentar: “eu disse para

Os sinais de Aviso.

Um enxame de moscas surge do nada, e invade a residência. O local é limpo, não há lixo. Por que as moscas apareceram? Vai chover! Alguém responde. Uma manada de cavalos pasta tranquila em um campo, quando repentinamente alguns levantam o pescoço, olham assustados ao redor, relincham, e a manada dispara em grande velocidade. Horas depois o local é atingido por um terremoto. Um bando de aves descansa tranquilamente em várias árvores, de repente levantam voo, e com grunhidos estridentes, voam em uma formação compacta para longe. Horas depois um furacão chega destruindo tudo. Como os moscas, os cavalos e as aves puderam pressentir o que iria acontecer com antecedência as vezes de semanas? A natureza equipou aves, insetos e animais com sistemas que só recentemente os biólogos começam a entender. Detecção do infrassom, mudança na massa do ar, odor imperceptível produzido por gases sob centenas de quilômetros no solo, quando ocorre o choque de placas tectónicas, micro propagações de ondas

Por que somos policiais?

Foram muitos os testes. Conhecimentos gerais, matérias diversas, testes físicos. Corrida, salto em altura, salto em distância, corrida de 100 metros, e o terror da maioria: subida em corda. Em seguida exames médicos, testes psicológicos, teste de datilografia, avaliação em dinâmica de grupo. Cada etapa eliminatória. Boa parte dos candidatos foram reprovados. Enfim chagamos a academia de polícia. Outro tanto de matérias. Investigação policial, direito, defesa pessoal, estrutura da polícia, treinamento de tiro com revólver, metralhadora, espingarda calibre .12. Em qualquer etapa o candidato podia também ser reprovado. Após a formatura e juramento de lealdade, fomos designados para uma delegacia. A decepção não nos abateu. Não havia móveis suficientes, as mesas de metal escoradas com pedaços de madeira para não cair, máquinas de escrever sem teclas, adaptadas com esparadrapos e a letra correspondente escrita a caneta. Não havia água para beber, os banheiros destroçados. Viaturas qu

Terroristas, golpistas.

Mais de mil pessoas estão reunidas, sem armas, pacificamente. O motivo que levou toda essa multidão até ali, é a discordância da forma como o governo chegou ao poder. Querem mudanças, explicações. De repente centenas de policiais cercam a multidão, colocam todos em ônibus, e os leva para a prisão. Todos são fichados, fotografados e encarcerados. O relato parece recente, atual? Sim, mas não estou referindo-me ao dia 08 de janeiro de 2023, quando centenas de manifestantes contrários ao novo governo foram presos em Brasília. O episódio acima relatado ocorreu em 12 de outubro de 1968, há cinquenta e quatro anos. Naquele dia, centenas de estudantes se reuniram na Fazenda Murundu, na cidade de Ibiúna interior de São Paulo. Convocados pela UNE, União Nacional dos Estudantes, aliada aos grupos de esquerda, pretendiam, eleger uma nova diretoria, discutir planos para derrubar o governo, organizar a luta armada, e implantarem uma ditadura do proletariado nos moldes cubano, quando foram surpre