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Os sinais de Aviso.

Um enxame de moscas surge do nada, e invade a residência. O local é limpo, não há lixo. Por que as moscas apareceram? Vai chover! Alguém responde. Uma manada de cavalos pasta tranquila em um campo, quando repentinamente alguns levantam o pescoço, olham assustados ao redor, relincham, e a manada dispara em grande velocidade. Horas depois o local é atingido por um terremoto. Um bando de aves descansa tranquilamente em várias árvores, de repente levantam voo, e com grunhidos estridentes, voam em uma formação compacta para longe. Horas depois um furacão chega destruindo tudo. Como os moscas, os cavalos e as aves puderam pressentir o que iria acontecer com antecedência as vezes de semanas? A natureza equipou aves, insetos e animais com sistemas que só recentemente os biólogos começam a entender. Detecção do infrassom, mudança na massa do ar, odor imperceptível produzido por gases sob centenas de quilômetros no solo, quando ocorre o choque de placas tectónicas, micro propagações de ondas de som. A lista da capacidade de detecção ainda não é totalmente conhecida. Cientistas e engenheiros buscam há tempos entender este funcionamento biológico para tentar construir algo que o imite, salvando desta forma muitas vidas. O que a natureza criou tem por base a sobrevivência. Não existissem tal capacidade, insetos, aves e animais seriam dizimados. Os sinais da natureza tanto podem ser negativos, com o aviso, fuja, busque abrigo, se proteja, como podem ser positivos, aproveite, o tempo será bom. “Mandacaru quando fulora no seca é sinal que a chuva chega no sertão”, cantou Luiz Gonzaga, mostrando um sinal positivo da natureza. Aproveite, prepare-se para plantar, é a mensagem. Nas sociedades organizadas, o equilíbrio para a sobrevivência depende da correta interpretação de sinais que surgem a todo momento, tanto positivos, indicando oportunidade de crescimento e desenvolvimento, como os negativos, indicando a aproximação de uma tragédia. Um semianalfabeto boquirroto condenado por corrupção, ex-presidiário, assume como presidente da república, em uma eleição recheada de dúvidas quanto a licitude; a mais alta corte do país ignora os limites da Constituição, e seus integrantes criam aberrações jurídicas impensáveis, como flagrante perpetuo, omissão legislativa, crime de opinião; um general confessa a perfídia, e declara com voz embargada e deslumbramento, “que pela primeira vez na vida, falou com um presidente”. Se for então cumprimentado com um aperto de mão, levará meses sem a lavar. Ministros do STF classificam a maior operação contra corrupção da história da humanidade, como perseguição política. Delações e devolução de bilhões foram obtidas por tortura psicológicas, segundo os doutos, e, portanto, não valem. Uma juíza é aposentada compulsoriamente, por “interesse público”, sem que ninguém saiba exatamente o que significa isto. O deputado mais votado do Paraná tem seu mandato cassado em um julgamento de um minuto e seis segundos. Enquanto repete a mesma ladainha desde 2002, ano do seu primeiro mandato, “vou acabar com a fome”, Lula viaja pelo mundo, e nos quatro primeiros meses gastou a bagatela de 12,1 milhões em cartão corporativo. O desmatamento na Amazônia cresceu exponencialmente, as invasões de propriedades também. O ministro da justiça afirmou com todas as letras: liberdade de expressão deixa de ser um valor absoluto. A sanha autoritária avança a passos largos para controlar o fluxo de informações nas redes sociais e beneficiar as antigas e grandes corporações da imprensa. O projeto de criação de um ministério da verdade, nos moldes da distopia “1984, o grande irmão”, de George Orwell, será implementado. Se os sinais acima fossem transformados em avisos da natureza, aves, insetos e animais já estariam longe, fugindo da tragédia ou teriam procurado uma forma de proteção. Por alguma estranha razão, humanos, com inimagináveis 15 trilhões de células em seus cérebros, são incapazes de agir, de interpretar corretamente a aproximação da tragédia que vai aniquilar a liberdade, aprisionar sem justificativa, matar, roubar, proibir o pensar, tudo em benefício de um pequeno grupo.

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