Não são os erros de nossa caminhada que nos ensina, são os acertos. Quem erra desisti, ou vai tentar mais uma vez, logo, o risco do fracasso dobra. Quem acerta continua, o risco ficou apenas naquela tentativa que deu certo. Acertamos quando nos permitimos perdoar. Mais o que devemos perdoar? Primeiramente a nós mesmos, pelos erros e atitudes que eram previsíveis, mas a cegueira da liberdade de escolha, da certeza do livre-arbítrio sem prestação de contas a ninguém, nos levou a uma decisão questionável, mesmo que o inconsciente nos tenha alertado, ignorando a certeza do tempo, o imutável paradigma do destino, cercado de mistérios, mas com claros sinais de como será no futuro, como uma manhã de céu azul, que indica um dia de sol forte. Depois de perdoar a si mesmo, o mais difícil se apresenta: perdoar ao outro.
Se liberdade significa alguma coisa, significa dizer aos outros o que eles não querem ouvir. ( George Orwell, introdução a Revolução dos Bichos, 1945) Quem não lê, não escreve; Quem não escreve, não pensa; Quem não pensa não existe.