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Desculpe Aristóteles

A humanidade não seria a mesma, caso pessoas excepcionais, com inteligência acima da média, que dedicaram toda suas vidas na busca do conhecimento, o aprimoramento ético e moral, desvendaram segredos da ciência, pavimentaram a estrada para o desenvolvimento, para o engrandecimento da nossa espécie, o homo sapiens. O filosofo grego Aristóteles foi uma dessas pessoas. Foi ele quem criou o conceito da lógica indutiva, o qual chamamos de silogismo, uma fórmula simples de se resolver uma questão. Primeiro colocamos uma premissa chamada de maior, em seguida outra premissa chamada de menor, com isso, podemos obter uma conclusão. Ex.: todo homem nasce com um órgão sexual masculino, ou seja, um pênis. (Premissa maior). Tício nasceu com órgão sexual masculino. (Premissa menor). Logo, Tício é um homem. (Conclusão). Por centenas e centenas de anos, este raciocínio lógico, chamado de indutivo, foi utilizado para resolver questões complexas ou mesmo simples. De repente, o caos sobre a lógica foi se estabelecendo, alavancado por um grupo de autodeclarados ungidos pelo conhecimento acima de qualquer pessoa, que resolveram reinventar a roda. Trata-se do chamado progressismo, a esquerda mundial. Não é bem assim, argumenta os ungidos. Ninguém nasce homem ou mulher, mesmo que possua as características físicas e biológicas que sustentam a lógica indutiva. Homem e mulher são construções sociais. Pênis, vagina, útero, menstruação, esqueleto com diferenças, constituição física, produção de hormônios totalmente diferentes, são detalhes irrelevantes. Cada pessoa escolhe o que deseja ser, isto é o correto, afirmam os ungidos. Um ser humano nascido com todas as características biológicas masculina, pênis, testículos, esqueleto maior, mais força física, maior quantidade de pelos, maior capacidade de velocidade, maior quantidade de músculos, pode simplesmente decidir de uma hora para outra que é na verdade uma mulher, mesmo que sua decisão não implique que no próximo mês irá menstruar, ficar com TPM, que não possa engravidar, que seja impossível amamentar, e que seus cromossomos, XY, por mais que se esforce, se entupa de hormônios, participe de passeatas, não vão mudar. Se no ano 2.524, portanto daqui a mais de meio milênio, arqueólogos encontrarem um cemitério, e lá encontrarem uma lápide com a inscrição: Aqui jaz Stephanny, uma grande mulher, e ao abrirem o túmulo encontram um esqueleto cujo quadril é retilíneo, ficaram confusos. - Mais isto é um esqueleto masculino. Como é possível esta lápide? Terá sido trocada por engano? A escavação prossegue, a mais à frente outra sepultura é encontrada. A lápide informa: Aqui jaz Pedrão, um homem valente. Examinando os restos mortais, o esqueleto mostra o quadril ovalado, característica básica de um esqueleto feminino, para expansão do útero durante a gravidez. Confusos os arqueólogos se reúnem com historiadores, os quais sorridentes, passam as explicações. Nos meados do século XXI, a humanidade aboliu a lógica, entrou em um caos, criado por um movimento de pessoas que se autodeclaravam ungidos pelo conhecimento, os quais impuseram conceitos absurdos, sem lógica. Eles afirmavam que ninguém nasce homem ou mulher, a pessoa escolhe o que quer ser, homem, mulher, cachorro, gato, vampiro, ET, vaca. A exceção era escolher ser um pássaro, pois como era impossível voar, se tentasse iria se arrebentar. O objetivo por trás de toda essa loucura, era solapar as bases da sociedade, criando depois do caos, um outra, sem raciocínio, sem lógica, facilmente dominável, controlada por um grupo chamado de “globalistas”, bilionários que sem saber o que fazer com suas imensas fortunas, resolveram brincar de deuses. Os arqueólogos ouvem com interesse as explicações dos historiadores, e então concluem: Agora entendemos porque foram extintos do planeta. Uma pena, eles tinham tudo para dominar o universo. Por fim, um arqueólogo confuso indaga se seus colegas: Por que alguns túmulos parecem revolvidos? A resposta vem rápido de um outro arqueólogo mais experiente: São os idiotas, os imbecis, os limitados mentais, os que possuíam falsa compaixão, que tentaram sair do túmulo após descobrirem seus erros.

Comentários

Fernanda Souza disse…
Mais um texto excelente!
Perolizou novamente. Obrigado por produzir este material

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